20 de dezembro de 2013

P: São Paulo

São Paulo,
terra de altos e baixos,
Pinheiros, Lapa, Augusta...

Da mãe geminiana,
dúbia,
acalenta,
com o maior dos amores,
mas feri,
com o maior dos temores
Do café com leite,
elevador, a bebida,
e o elevador, que eleva,
Da champagne,
ao crack!

Do passeio de bicicleta com parada no Paribar
Da água de coco no Ibirapuera,
ao filme cult no espaço de cinema,
com direito a mais café, o floresta, no Copan,
e observar...
a eterna silueta de Niemeyer,
à linda avenida São Luis,
com seus postes da light,
típicos,
instalados pelo centro nos anos 20

Mais amor por favor,
por favor, mais amor por São Paulo!
Que lhe oferece um vasto volume de vida

Respirar São Paulo,
é sentir, calor e frio
degustar o mais doce sorvete,
e a mais salgada, e também deliciosa,
coxinha de frango com catupiry,

É ouvir,
indie, progressive, ópera,
e
tecno brega

São tantos os desejos,
diversas culturas
Do sonho americano, ao aparthaide africano,
à liberdade da cultura oriental

São tantas as variedades...
E os mesmos que aqui chegam,
usam e a desprezam,
esquecem da oportunidade,
da vida que aqui conheceram

O prazer em viver!

A luxúria que corre,
e o esmaga,
quando cansado,
se solta do espírito,
descola,
decola e voa!
Desbrava,
como os bandeirantes,
sanguinários,
sedentos e furiosos

Burocrática,
democrática,
meritocrática,
feri, com o maior dos temores,
expulsa sem melindres,
e as vezes mata

Muitas vezes!

Caótica,
também emblemática,
amável e detestável
bonita e horrorosa
Bendita como a própria carta de seu homônimo santo,
São Paulo

Maldita como os antros,
no baixo,
na boca,
na beirada,
ou no centro se assim desejar

Se prepare,
a conheça,
mas antes, se conheça,
entenda tudo o que poderá ser

Será!

Ou se aceita o jogo,
ou dará tombos no vazio.

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